Editors – In This Light and on This Evening…
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A Grande Mudança na Tua Vida..E quando o evento, a grande mudança na tua vida, é simplesmente uma visão – não é uma coisa estranha? ..

E quando o evento, a grande mudança na tua vida, é simplesmente uma visão – não é uma coisa estranha? Que absolutamente nada mude, exceto que vejas as coisas de forma diferente e és menos medroso e menos ansioso, e geralmente mais forte como resultado: não é surpreendente que uma coisa completamente invisível na tua cabeça se possa vir a sentir de uma forma mais real do que qualquer coisa que já experimentaste antes? Vês as coisas de forma mais clara e sabes que estás a vê-las de forma mais clara. E chegas à conclusão de que isso é o que significa amar a vida, isso é tudo o que qualquer pessoa que fala a sério sobre Deus está alguma vez a falar. Momentos como este.
Jonathan Franzen, in ‘Correcções’
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O Medo da Morte só se Justifica na Juventude…….O homem que na velhice pode ver a sua vida desta maneira, não receará a morte, pois as coisas que o interessavam continuam….

Algumas pessoas idosas vivem obcecadas com o medo da morte. Este sentimento só se justifica na juventude. Os jovens que receiam, com razão, morrer na guerra, podem legitimamente sentir a amargura do pensamento de terem sido defraudados do melhor que a vida lhes podia oferecer. Mas num velho que conheceu já as alegrias e dores humanas e que cumpriu a sua missão, qualquer que fosse, o receio da morte é algo de abjecto e ignóbil. O melhor meio de o vencer – pelo menos quanto a mim – é aumentar gradualmente as nossas preocupações, torná-las cada vez mais impessoais, até ao momento em que, a pouco e pouco, os limites da nossa personalidade recuem e a nossa vida mergulhe mais ainda na vida universal.
Pode-se comparar a existência de um indivíduo a um rio – pequeno a princípio, estreitamente encerrado entre duas margens, arremetendo, com entusiasmo, primeiro os seixos e depois as cataratas. A pouco e pouco, o rio alarga-se, as suas margens afastam-se, a água corre mais calmamente e, por fim, sem nenhuma mudança brusca, desagua no oceano e perde sem sofrimento a sua existência individual.
O homem que na velhice pode ver a sua vida desta maneira, não receará a morte, pois as coisas que o interessavam continuam. E se, com o declínio da vitalidade, a fadiga aumenta, o pensamento do que subsiste não será desagradável. O homem inteligente deve desejar morrer enquanto trabalha ainda, sabendo que os outros continuarão a sua missão interrompida, e contente por pensar ter feito o que lhe era possível fazer.
Bertrand Russell, in ‘A Última Oportunidade do Homem’

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Editors – Life Is A Fear (Last.fm Lightship95 Series)…
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Realidade…..

Sim, passava aqui frequentemente há vinte anos…
Nada está mudado — ou, pelo menos, não dou por isto —
Nesta localidade da cidade…
Há vinte anos!…
O que eu era então! Ora, era outro…
Há vinte anos, e as casas não sabem de nada…
Vinte anos inúteis (e sei lá se o foram!
Sei eu o que é útil ou inútil?)…
Vinte anos perdidos (mas o que seria ganhá-los?)
Tento reconstruir na minha imaginação
Quem eu era e como era quando por aqui passava
Há vinte anos…
Não me lembro, não me posso lembrar.
O outro que aqui passava, então,
Se existisse hoje, talvez se lembrasse…
Há tanta personagem de romance que conheço melhor por dentro
De que esse eu-mesmo que há vinte anos passava por aqui!
Sim, o mistério do tempo.
Sim, o não se saber nada,
Sim, o termos todos nascido a bordo
Sim, sim, tudo isso, ou outra forma de o dizer…
Daquela janela do segundo andar, ainda idêntica a si mesma,
Debruçava-se então uma rapariga mais velha que eu, mais
lembradamente de azul.
Hoje, se calhar, está o quê?
Podemos imaginar tudo do que nada sabemos.
Estou parado físisca e moralmente: não quero imaginar nada…
Houve um dia em que subi esta rua pensando alegremente no futuro,
Pois Deus dá licença que o que não existe seja fortemente iluminado,
Hoje, descendo esta rua, nem no passado penso alegremente.
Quando muito, nem penso…
Tenho a impressão que as duas figuras se cruzaram na rua, nem então nem agora,
Mas aqui mesmo, sem tempo a perturbar o cruzamento.
Olhamos indiferentemente um para o outro.
E eu o antigo lá subi a rua imaginando um futuro girassol,
E eu o moderno lá desci a rua não imaginando nada.
Talvez isso realmente se desse…
Verdadeiramente se desse…
Sim, carnalmente se desse…
Sim, talvez…
Álvaro de Campos, in “Poemas”
Heterónimo de Fernando Pessoa
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Ana Moura, Branko & Conan Osíris – Vinte Vinte (Pranto) [Official Video]..
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Nick Cave and The Bad Seeds | There Is a Kingdom…video from Vitorio de Sica..
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Um não poder respirar da alma…

Há um cansaço da inteligência abstracta, e é o mais horroroso dos cansaços. Não pesa como o cansaço do corpo, nem inquieta como o cansaço do conhecimento e da emoção. É um peso da consciência do mundo, um não poder respirar da alma.
Fernando Pessoa in
Livro do Desassossego
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Editors – The Weight (Official Video)..este peso que nos sufoca..
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Cada vez mais é o que parece..Charles Bradley – The World (Is Going Up In Flames)..
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Verosimilhança não é Verdade….

Quase sempre as suspeitas nos inquietam; somos sempre o joguete desses boatos de opinião, que tantas vezes põe em fuga um exército, quanto mais um simples indivíduo. (…) nós rendemo-nos prontamente à opinião. Não fazemos a crítica das razões que nos levam ao temor, não as esquadrinhamos. Perdemos todo o sangue-frio, batemos em retirada, como os soldados expulsos do seu campo à vista da nuvem de poeira que levanta uma tropa a galope, ou tomados de terror colectivo por causa de um boato semeado sem garante.
Não sei como, mas as falsidades perturbam-nos desde logo. A verdade traz consigo a sua própria medida; tudo quanto se funda sobre uma incerteza, porém, fica entregue à conjectura e às fantasias de um espírito perturbado.
Eis porque, entre as mais diversas formas do medo, não há outra mais desastrosa, mais incoercível que o medo pânico. Nos casos ordinários, a reflexão é falha; nestes, a inteligência está ausente.
Interroguemos, pois, cuidadosamente a realidade. É verosímil que uma desgraça venha a produzir-se? Verosimilhança não é verdade. Quantos acontecimentos ocorreram sem que os esperássemos! Quantos acontecimentos esperados que jamais ocorreram! Mesmo que venham a produzir-se, que é que lucraremos em nos anteciparmos à nossa dor? Sofrerás com muito maior presteza quando ela chegar. Enquanto esperas, imagina um futuro melhor.
Que ganharás com isso? Tempo. Muitos incidentes poderão fazer com que o perigo próximo ou iminente se detenha, se dissipe ou caia sobre outra cabeça. (…) Há casos em que, sem o menor aviso prévio de uma catástrofe, o espírito forja falsas ideias: ou é uma expressão ambígua, que ele só interpreta em sentido desfavorável, ou é a magnitude de uma ofensa cometida que ele exagera, preocupado, aliás, não com a cólera de outrem, mas com o que poderá advir dessa cólera.
Séneca, in ‘Dos Reveses’
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Somos fragmentos de nada …Fragmento do Homem..

Que tempo é o nosso? Há quem diga que é um tempo a que falta amor. Convenhamos que é, pelo menos, um tempo em que tudo o que era nobre foi degradado, convertido em mercadoria. A obsessão do lucro foi transformando o homem num objecto com preço marcado. Estrangeiro a si próprio, surdo ao apelo do sangue, asfixiando a alma por todos os meios ao seu alcance, o que vem à tona é o mais abominável dos simulacros. Toda a arte moderna nos dá conta dessa catástrofe: o desencontro do homem com o homem. A sua grandeza reside nessa denúncia; a sua dignidade, em não pactuar com a mentira; a sua coragem, em arrancar máscaras e máscaras.
E poderia ser de outro modo? Num tempo em que todo o pensamento dogmático é mais do que suspeito, em que todas as morais se esbarrondam por alheias à «sabedoria» do corpo, em que o privilégio de uns poucos é utilizado implacavelmente para transformar o indivíduo em «cadáver adiado que procria», como poderia a arte deixar de reflectir uma tal situação, se cada palavra, cada ritmo, cada cor, onde espírito e sangue ardem no mesmo fogo, estão arraigados no próprio cerne da vida?
Desamparado até à medula, afogado nas águas difíceis da sua contradição, morrendo à míngua de autenticidade – eis o homem! Eis a triste, mutilada face humana, mais nostálgica de qualquer doutrina teológica que preocupada com uma problemática moral, que não sabe como fundar e instituir, pois nenhuma fará autoridade se não tiver em conta a totalidade do ser; nenhuma, em que espírito e vida sejam concebidos como irreconciliáveis; nenhuma, enquanto reduzir o homem a um fragmento do homem. Nós aprendemos com Pascal que o erro vem da exclusão.
Eugénio de Andrade, in ‘Os Afluentes do Silêncio’
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Vivemos tempos estranhos ..The Doors – Strange Days..
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Personalidades Potenciais…
Trazemos connosco personalidades potenciais que acontecimentos ou acidentes podem potencializar. Assim, a Revolução fez surgir o génio político ou militar nos jovens destinados a uma carreira medíocre numa época normal; a guerra provoca o advento de heróis e de carrascos; a ditadura totalitária transformou seres pálidos em monstros. O exercício incontrolado do poder pode «tornar o sábio louco» (Alain) mas pode tornar sábio o louco, e dar génio ao medíocre, como no caso de Hitler e Estaline. E também as possibilidades de génio ou de demência, de crueldade ou de bondade, de santidade ou de monstruosidade, virtuais em todos os seres, podem desenvolver-se em circunstâncias excepcionais.
Inversamente, estas possibilidades nunca chegarão à luz do dia na chamada vida normal: nos nossos dias, César seria funcionário da CEE, Alexandre teria escrito uma vida de Aristóteles para uma colecção de divulgação, Robespierre seria adjunto de Pierre Mauroy na Câmara de Arras, e Bonaparte seria do séquito de Pascua.
Edgar Morin, in ‘Os Meus Demónios’

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Persona / Music by Nosound….
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Cure for Loneliness | Stories From Our Future….
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Frase dos tempos que correm..
O método estóico de enfrentar as necessidades suprimindo os desejos equivale a cortar os pés para não precisar de sapatos.
Jonathan Swift

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Blue Velvet – Opening Sequence…..
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Lana del Rey… Blue velvet..
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Marc Almond..How can I be Sure..
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Nada é certo…

Nada é Certo..é a unica certeza..Ninguém avança pela vida em linha recta. Muitas vezes, não paramos nas estações indicadas no horário. Por vezes, saímos dos trilhos. Por vezes, perdemo-nos, ou levantamos voo e desaparecemos como pó. As viagens mais incríveis fazem-se às vezes sem se sair do mesmo lugar. No espaço de alguns minutos, certos indivíduos vivem aquilo que um mortal comum levaria toda a sua vida a viver. Alguns gastam um sem número de vidas no decurso da sua estadia cá em baixo. Alguns crescem como cogumelos, enquanto outros ficam inelutávelmente para trás, atolados no caminho. Aquilo que, momento a momento, se passa na vida de um homem é para sempre insondável. É absolutamente impossível que alguém conte a história toda, por muito limitado que seja o fragmento da nossa vida que decidamos tratar.Henry Miller, in “O Mundo do Sexo”
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You, darkness, that I come from…

You, darkness, that I come from
I love you more than all the fires
that fence in the world,
for the fire makes a circle of light for everyone
and then no one outside learns of you.
But the darkness pulls in everything-
shapes and fires, animals and myself,
how easily it gathers them! –
powers and people-
and it is possible a great presence is moving near me.
I have faith in nights
Rainer Maria Rilker
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The Smiths..How soon is now…??
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New order..Tempation..and round and round..
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Valentines day…

Neutral Tones
We stood by a pond that winter day,
And the sun was white, as though chidden of God,
And a few leaves lay on the starving sod;
– They had fallen from an ash, and were gray.
Your eyes on me were as eyes that rove
Over tedious riddles of years ago;
And some words played between us to and fro
On which lost the more by our love.
The smile on your mouth was the deadest thing
Alive enough to have strength to die;
And a grin of bitterness swept thereby
Like an ominous bird a-wing….
Since then, keen lessons that love deceives,
And wrings with wrong, have shaped to me
Your face, and the God curst sun, and a tree,
And a pond edged with grayish leaves.
By Thomas Hardy

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Lisboa..de Pessoa..

Lisboa com suas casas
De várias cores,
Lisboa com suas casas
De várias cores,
Lisboa com suas casas
De várias cores…
À força de diferente, isto é monótono.
Como à força de sentir, fico só a pensar.
Se, de noite, deitado mas desperto,
Na lucidez inútil de não poder dormir,
Quero imaginar qualquer coisa
E surge sempre outra (porque há sono,
E, porque há sono, um bocado de sonho),
Quero alongar a vista com que imagino
Por grandes palmares fantásticos,
Mas não vejo mais,
Contra uma espécie de lado de dentro de pálpebras,
Que Lisboa com suas casas
De várias cores.
Sorrio, porque, aqui, deitado, é outra coisa.
A força de monótono, é diferente.
E, à força de ser eu, durmo e esqueço que existo.
Fica só, sem mim, que esqueci porque durmo,
Lisboa com suas casas
De várias cores.
Álvaro de Campos, in “Poemas”
Heterónimo de Fernando Pessoa

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Madredeus – Alfama..memórias de um tempo passado..
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Zeca Afonso – A Cidade..uma outra cidade que já não existe..
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No Fundo Somos Bons Mas Abusam de Nós…

O comum das gentes (de Portugal) que eu não chamo povo porque o nome foi estragado, o seu fundo comum é bom. Mas é exactamente porque é bom, que abusam dele. Os próprios vícios vêm da sua ingenuidade, que é onde a bondade também mergulha. Só que precisa sempre de lhe dizerem onde aplicá-la. Nós somos por instinto, com intermitências de consciência, com uma generosidade e delicadeza incontroláveis até ao ridículo, astutos, comunicáveis até ao dislate, corajosos até à temeridade, orgulhosos até à petulância, humildes até à subserviência e ao complexo de inferioridade. As nossas virtudes têm assim o seu lado negativo, ou seja, o seu vício. É o que normalmente se explora para o pitoresco, o ruralismo edificante, o sorriso superior. Toda a nossa literatura popular é disso que vive.
Mas, no fim de contas, que é que significa cultivarmos a nossa singularidade no limiar de uma «civilização planetária»? Que significa o regionalismo em face da rádio e da TV? O rasoiro que nivela a província é o que igualiza as nações. A anulação do indivíduo de facto é o nosso imediato horizonte. Estruturalismo, linguística, freudismo, comunismo, tecnocracia são faces da mesma realidade. Como no Egipto, na Grécia, na Idade Média, o indivíduo submerge-se no colectivo. A diferença é que esse colectivo é hoje o puro vazio.
Vergílio Ferreira, in ‘Conta-Corrente 2’
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The The – Infected (Video)…
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A Ignorância leva ao Impulso sem Sentido…

A ignorância é uma coisa vil, abjecta, indigna, servil, sujeita a inúmeras e violentíssimas paixões. Destes insuportáveis tiranos que são as paixões – e que por ora nos governam alternadamente, ora em conjunto – te libertará a sabedoria, a única liberdade autêntica. Para chegar à sabedoria, um só caminho e em linha recta; não há que errar, avança em passo firme e constante. Se queres que tudo te esteja sujeito, sujeita-te tu à razão; dirigirás muitos outros, se a ti te dirigir a razão. Ela te dirá o que deves empreender, e que maneira; assim não serás surpreendido pelos acontecimentos. Tu não podes apontar-me alguém que saiba de que modo começou a querer aquilo que quer. E porquê? Porque o comum das pessoas não é levada pela reflexão, mas arrastada por impulsos. A fortuna cai sobre nós não menos vezes do que nós caimos sobre ela. A indignidade não está em «irmos», mas em «sermos levados», em perguntarmos de súbito, surpreendidos, no meio de um turbilhão de acontecimentos: «Mas como é que eu vim parar aqui?
Séneca, in ‘Cartas a Lucílio’
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Porque rir é preciso..Ghost of Christmas future – Blackadder’s Christmas Carol -..
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Fairytale of New York (feat. Kirsty MacColl) [Top of The Pops Dec 1987]…
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Christmas Trees..bom natal a todos..
Christmas Trees….

(A Christmas Circular Letter)The city had withdrawn into itself
And left at last the country to the country;
When between whirls of snow not come to lie
And whirls of foliage not yet laid, there drove
A stranger to our yard, who looked the city,
Yet did in country fashion in that there
He sat and waited till he drew us out
A-buttoning coats to ask him who he was.
He proved to be the city come again
To look for something it had left behind
And could not do without and keep its Christmas.
He asked if I would sell my Christmas trees;
My woods—the young fir balsams like a place
Where houses all are churches and have spires.
I hadn’t thought of them as Christmas Trees.
I doubt if I was tempted for a moment
To sell them off their feet to go in cars
And leave the slope behind the house all bare,
Where the sun shines now no warmer than the moon.
I’d hate to have them know it if I was.
Yet more I’d hate to hold my trees except
As others hold theirs or refuse for them,
Beyond the time of profitable growth,
The trial by market everything must come to.
I dallied so much with the thought of selling.
Then whether from mistaken courtesy
And fear of seeming short of speech, or whether
From hope of hearing good of what was mine, I said,
“There aren’t enough to be worth while.”
“I could soon tell how many they would cut,
You let me look them over.”
“You could look.
But don’t expect I’m going to let you have them.”
Pasture they spring in, some in clumps too close
That lop each other of boughs, but not a few
Quite solitary and having equal boughs
All round and round. The latter he nodded “Yes” to,
Or paused to say beneath some lovelier one,
With a buyer’s moderation, “That would do.”
I thought so too, but wasn’t there to say so.
We climbed the pasture on the south, crossed over,
And came down on the north. He said, “A thousand.”
“A thousand Christmas trees!—at what apiece?”
He felt some need of softening that to me:
“A thousand trees would come to thirty dollars.”
Then I was certain I had never meant
To let him have them. Never show surprise!
But thirty dollars seemed so small beside
The extent of pasture I should strip, three cents
(For that was all they figured out apiece),
Three cents so small beside the dollar friends
I should be writing to within the hour
Would pay in cities for good trees like those,
Regular vestry-trees whole Sunday Schools
Could hang enough on to pick off enough.
A thousand Christmas trees I didn’t know I had!
Worth three cents more to give away than sell,
As may be shown by a simple calculation.
Too bad I couldn’t lay one in a letter.
I can’t help wishing I could send you one,
In wishing you herewith a Merry Christmas.
Robert Frost
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Desert Places…..

Snow falling and night falling fast, oh, fast In a field I looked into going past, And the ground almost covered smooth in snow, But a few weeds and stubble showing last. The woods around it have it–it is theirs. All animals are smothered in their lairs. I am too absent-spirited to count; The loneliness includes me unawares. And lonely as it is that loneliness Will be more lonely ere it will be less– A blanker whiteness of benighted snow With no expression, nothing to express. They cannot scare me with their empty spaces Between stars–on stars where no human race is. I have it in me so much nearer home To scare myself with my own desert places. By Robert Frost |

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This Is The Kit: “Bashed Out” (Official Video)..
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Picasso and Dali ..painting…
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Só a arte é útil. Crenças, exércitos, impérios, atitudes – tudo isso passa. Só a arte fica, por isso só a arte se vê, porque dura. Fernando Pessoa..
Em arte tudo está naquele ‘nada’.Tolstoi….




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Jorge Palma – A Gente Vai Continuar …
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O Que Verdadeiramente Mata Portugal…O que verdadeiramente nos mata, o que torna esta conjuntura inquietadora, cheia de angústia, estrelada de luzes negras, quase lutuosa, é a desconfiança

O que verdadeiramente nos mata, o que torna esta conjuntura inquietadora, cheia de angústia, estrelada de luzes negras, quase lutuosa, é a desconfiança. O povo, simples e bom, não confia nos homens que hoje tão espectaculosamente estão meneando a púrpura de ministros; os ministros não confiam no parlamento, apesar de o trazerem amaciado, acalentado com todas as doces cantigas de empregos, rendosas conezias, pingues sinecuras; os eleitores não confiam nos seus mandatários, porque lhes bradam em vão: «Sede honrados», e vêem-nos apesar disso adormecidos no seio ministerial; os homens da oposição não confiam uns nos outros e vão para o ataque, deitando uns aos outros, combatentes amigos, um turvo olhar de ameaça. Esta desconfiança perpétua leva à confusão e à indiferença. O estado de expectativa e de demora cansa os espíritos. Não se pressentem soluções nem resultados definitivos: grandes torneios de palavras, discussões aparatosas e sonoras; o país, vendo os mesmos homens pisarem o solo político, os mesmos ameaços de fisco, a mesma gradativa decadência. A política, sem actos, sem factos, sem resultados, é estéril e adormecedora.
Quando numa crise se protraem as discussões, as análises reflectidas, as lentas cogitações, o povo não tem garantias de melhoramento nem o país esperanças de salvação. Nós não somos impacientes. Sabemos que o nosso estado financeiro não se resolve em bem da pátria no espaço de quarenta horas. Sabemos que um deficit arreigado, inoculado, que é um vício nacional, que foi criado em muitos anos, só em muitos anos será destruído.
O que nos magoa é ver que só há energia e actividade para aqueles actos que nos vão empobrecer e aniquilar; que só há repouso, moleza, sono beatífico, para aquelas medidas fecundas que podiam vir adoçar a aspereza do caminho.
Trata-se de votar impostos? Todo o mundo se agita, os governos preparam relatórios longos, eruditos e de aprimorada forma; os seus áulicos afiam a lâmina reluzente da sua argumentação para cortar os obstáculos eriçados: as maiorias dispõem-se em concílios para jurar a uniformidade servil do voto. Trata-se dum projecto de reforma económica, duma despesa a eliminar, dum bom melhoramento a consolidar? Começam as discussões, crescendo em sonoridade e em lentidão, começam as argumentações arrastadas, frouxas, que se estendem por meses, que se prendem a todo o incidente e a toda a sorte de explicação frívola, e duram assim uma eternidade ministerial, imensas e diáfanas.
O país, que tem visto mil vezes a repetição desta dolorosa comédia, está cansado: o poder anda num certo grupo de homens privilegiados, que investiram aquele sacerdócio e que a ninguém mais cedem as insígnias e o segredo dos oráculos. Repetimos as palavras que há pouco Ricasoli dizia no parlamento italiano: «A pátria está fatigada de discussões estéreis, da fraqueza dos governos, da perpétua mudança de pessoas e de programas novos.»
Eça de Queirós, in ‘Distrito de Évora’
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